tópico-15

A proposição como o bloco construtivo padrão  (Lego)
fundamental para a construção de representações

Aquém do objeto

proposição não pode ser formulada com elementos de imagem de operações do pensamento clássico

Na estrutura de conceitos do pensamento clássico, na paleta de ideias ou elementos de imagem disponíveis no espaço de operações clássico, não existem elementos de imagem para formular a proposição.

O Homem está fora do espaço de operações clássico, e a noção de objeto definida por suas propriedades originais e constitutivas também é estranha a esse espaço de empiricidades.

Diante do objeto

proposição, o bloco padrão genérico fundamental para construção de representações

A proposição,
como bloco (Lego) construtivo
padrão fundamental genérico
no caminho da Construção da representação, como proposição enunciativa e depois explicativa.

Além do objeto

proposição em um comentário mais extenso
nas palavras de Michel Foucault

A proposição como bloco (Lego) construtivo padrão fundamental
no caminho do Instanciamento da representação, como proposição instanciativa da empiricidade objeto cuja representação é pre-existente no Repositório de proposições explicativas formuladas de acordo com
as regras da linguagem.

‘A proposição é,
para a linguagem,

o que a representação é
para o pensamento:

sua forma ao mesmo tempo
mais geral e mais elementar

porquanto, desde que a decomponhamos,
não encontraremos mais o discurso,

mas seus elementos
como tantos materiais dispersos.’

Michel Foucault (*)

“A língua é
a mais complexa,
a mais milagrosa,
a mais estranha,
a mais gigantesca e variada
invenção humana.”

Millôr Fernandes

No segmento do espectro Aquém do objeto não é possível a formulação da proposição com ideias ou elementos de imagem operacionais, isto é, integrantes da estrutura dos modelos: a bem dizer, ideias ou elementos de imagem como homem e objeto, na noção com a qual são usados nos espectros Diante e Além, simplesmente estão fora e não existem no espectro Aquém.

Pelas duas citações acima, uma de Michel Foucault no livro As palavras e as coisas, e a outra de Millôr Fernandes obtida em uma coletânea de citações, podemos avaliar o que se perde com essa impossibilidade.

(*) As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas
Capítulo IV – Falar; tópico III. A teoria do verbo